16/01/2017

[DL #02] Middlemarch - George Eliot (Mary Ann Evans)

Em 2016, inicio a leitura de Middlemarch pela primeira vez e tento registrar aqui um diário de leitura com possíveis postagens para cada um dos oito livros que compõem a obra. Não li previamente nada sobre o livro e desconheço quase tudo sobre ele.

Edições adotadas: 


LIVRO 02
Old and Young



✒ Estou preocupada com o destino do menino Lydgate na provinciana Middlemarch. O jovem médico chega à cidade com a admirável intenção de revolucionar a medicina do país, uma reforma e província de cada vez, porém, logo de cara, esbarra contra uma eleição bizarra para o religioso que se encarregaria de prestar auxílio espiritual aos pacientes internados nas enfermarias. O que um profissional interessado em exercer medicina baseada em evidências científicas poderia ter a ver com supostos "interesses espirituais" dos pacientes? Mr. Lydgate se faz essa pergunta e até tenta argumentar racionalmente com Mr. Bulstrode - o banqueiro influente; financiador e diretor do conselho hospitalar -, mas não consegue se safar da disputa clerical. Era Mr. Bulstrode quem mandava ali e, para ele, a medicina não era uma questão apenas de cura de doenças mortais. E é nesse meio que Lydgate pretende modernizar a ciência médica. Oh, boy; não vai prestar. 

O que me deixou realmente temerosa por esta personagem, contudo, foi constatar que Mr. Tertius Lydgate claramente ainda não tem o jogo de cintura malevolente e astucioso que a sobrevivência em uma sociedade como a de Middlemarch exige. Pois não é que esse tonto, embora entrando a contragosto como eleitor obrigatório, encara a empreitada religiosa com seriedade?! Digo, o maluco foi lá e assumiu a tarefa com toda a circunspecção possível, ponderando de forma lógica (um homem da ciência? em assunto clerical?) a respeito dos pontos fortes e fracos dos dois candidatos ao posto, tentando identificar o melhor preparado. - Mas, mas... Seu moço, por que fazer isso?! Surpreendentemente, um dos próprios clérigos candidatos, Mr. Farebrother – concorrente de Mr. Tyke, o protegido por Mr. Bulstrode - ousou falar abertamente para Lydgate que, fosse ele esperto e prudente, seu voto já deveria estar mais do que decidido: Mr. Tyke. Por que peitar o banqueirão influente e cheio da grana, votando contra o candidato dele?! Com esse simples enredo, Eliot conseguiu construir e revelar ao leitor grande parte da personalidade de Lydgate. Mesmo não se importando com questões religiosas, Lydgate não se sentiu moralmente confortável para votar de qualquer jeito, apenas atendendo prontamente aos interesses daquele que poderia beneficiar-lhe no futuro. O jovem médico não era um homem disposto a facilmente fazer concessões em troca de benesses pessoais. Claro, Lydgate vacila especialmente por conta do perfil do candidato de oposição ao Mr. Busltrode: Mr. Farebrother, outro fascinante middlemarcher; era um clérigo naturalista que admitia sua vocação religiosa duvidosa, e revelava-se um ávido entusiasta dos estudos de História Natural e Entomologia (ou seja, detinha um perfil muito mais próximo de Lydgate)! Um clérigo desses é bom demais pra ser verdade. Enfim, Lydgate ingenuamente tarda a constatar que, em Middlemarch, as complexas relações sociais influenciariam, sim, sua prática profissional. Fora dos muros da universidade, afinal, a realidade é bem diferente. 

Além das questões profissionais, vale dizer que minha apreensão pelo destino de Lydgate também relaciona-se à seara ~romântica~. Nosso narrador revela certos eventos do passado amoroso do rapaz que igualmente contribuem bastante para a composição da personalidade dele. O lance é meio intrincado, mas tentarei resumir em nome do registro pessoal, pois adorei a história.[Que tremenda imaginação, teve a Eliot, quando a escreveu!] Bem, um Lydgate mais mocinho, então estudante de medicina em Paris, se apaixona por uma atriz que, enquanto encenava com o marido no palco, acaba o matando. A mulher foge, pois a sociedade parisiense especula que teria sido um crime premeditado. Lydgate, ~cego pela paixão~, crê que tudo teria sido um acidente e, obcecadamente, revira o mundo atrás da atriz. Quando a localiza, ela confessa-lhe com frieza que matara intencionalmente o marido, tendo decidido o ato de supetão. E pior: ela nega que o marido fosse cruel, displicentemente relatando que ele apenas a cansava com sua dedicação, recusando-se a mudar de Paris para a terra natal dela. Com um trauma dessa magnitude, somado à fervorosa vocação pela Medicina, a atual indisposição de Lydgate para envolver-se novamente em frívolos casinhos amorosos não espanta em absoluto. Esse erro, ele não tem intenção de repetir, pretendendo evitá-lo pelo ajuste permanente de expectativas e de uma abordagem científica da mulher (Hein? O que diabo seria isso?! Analisar cientificamente uma mulher?). 

Acompanharei de pertinho o desenrolar dessa treta, pois já ocorre um certo flerte entre ele e Rosamond, a filha do prefeito e sobrinha (pelo lado da esposa) de Mr. Bulstrode. Será que dará merda? Todos os indícios apontam que sim. (Yay!)

* = Acabou me lembrando do Dorian Grey, que também apaixonara-se por uma atriz de teatro, a pobre Sibyl Vane. Teria Wilde se inspirado neste trecho de Middlemarch?

✒ Essa maior imersão no universo de Lydgate propiciou que a narrativa elaborasse um interessantíssimo painel histórico da realidade médica durante o século XIX, na Inglaterra; outra área que também passava por transformações e discussões reformistas.

Elencando sucintamente:
(Obs.: antes, é importante destacar que, nesse livro 2, Eliot explicita o ano em que a história se passa: 1829. Uh, minha estimativa da DL #01 (≈ 1830-32) bateu na trave!)

→ Como mencionei no início, era uma época em que clérigos circulavam pelas enfermarias, encarregados pela cura espiritual dos males dos pacientes.

→ Julgando a partir da experiência de Lydgate, os médicos superintendentes dos hospitais eram escolhidos por eleição de conselhos.

→ Lydgate defende, em Middlemarch, a criação de um "fever hospital", o que parece ser os primeiros passos em direção à criação de hospitais especializados em doenças infecciosas, com isolamentos de pacientes com doenças contagiosas.

→ Mencionam-se avanços na área da Patologia; incluindo novas pesquisas valendo-se mais extensivamente dos recursos microscópicos.

→ Desde aquela época, pelo menos, a ciência médica é uma área entremeada por intrigas, invejas e amabilidades sociais questionáveis.

→ Quanto à educação médica, o narrador afirma que o acesso era exclusivo, caro e escasso - resultado do esforço das universidades em garantir a "pureza do conhecimento" -, contudo, mesmo assim, jovens cavalheiros ignorantes conseguiam o direito de praticar a medicina. Ou seja, embora a profissão não estivesse disponível para qualquer um, havia muitos incompetentes a exercendo.

→ Em sintonia com o clima reformista do período, havia discussões sobre reformas da educação médica que envolveriam tentativas de descentralizar os centros de ensino para o interior do país. Até então, a centralização ocorria nas capitais europeias.

→ Era uma época em que a preocupação em manter-se atualizado a partir de periódicos científicos, como o Lancet, era visto com desdém e encarado de forma pejorativa. Ora, por que Lydgate ousava levar a Middlemarch as novas descobertas científicas, se a cidadezinha tinha velhos médicos tão experientes pela prática?!

→ A relação viciosa dos profissionais com a prescrição desenfreada e irresponsável de remédios parece ser questionada desde aquele período, pelo menos. A narrativa inclui uma crítica implícita à crença vigente, entre médicos e pacientes, de que a prescrição de muitos remédios garantia a excelência profissional. Por conseguinte, existiam mais e mais drogas sendo prescritas, e em posologias cada vez maiores.

E não é só! Fiquei estupefata ao descobrir que, no século XIX, havia decisão legal que impunha a obrigação da prescrição desvinculada de farmácias ou de comissões dos comércios farmacêuticos. Médicos corruptos lucrando em parceria com a indústria farmacêutica existiriam há, no mínimo, ≈ 188 anos. Impressionante.

→ Até mesmo a solidificação dos conceitos sobre Medicina Legal e, principalmente, sobre qual profissional estaria apto a exercê-la, estava em voga. Hoje é engraçado pensar (eu acho) que, em outros tempos, magistrados detentores apenas de conhecimentos legais julgavam-se exclusiva e plenamente capacitados para atuar como peritos legistas emitindo laudos de necropsia. Quero dizer, nem sei se é possível chamar o que eles emitiam de "laudo necroscópico", pois, pelo diálogo do livro, eles apenas colhiam as informações de testemunhas. Que piada.

Essa foi, inclusive, mais uma discussão entre os "sabidões" antiquados de Middlemarch que rendeu dor de cabeça para Lydgate. É importante frisar, todavia, que o jovem médico peita geral, rebatendo todos os argumentos ignorantes, e sem acanhamento ou grosseria explícita.

Sim, a luta de Mr. Lydgate é real. Mas ele até que está aguentando bem as pontas - por enquanto. Seguiremos acompanhando de perto a jornada dele. 
"Any one may see what comes of turning. If you change once, why not twenty times? (...) I am nearly seventy, Mr. Lydgate, and I go upon experience. I am not likely to follow new lights, (...)."

✒ E deu ruim para o suposto One True Pairing - OTP do livro 1: Miss Dorothea Brooke Mrs. Dorothea Casaubon e Mr. Edward Casaubon. Acho que a hipótese inicial de que os dois formariam o par perfeito dessa história pode ser completamente descartada, pois o caldo matrimonial já desandou. Eu suspeitei de que seria rápido, porém Eliot conseguiu me surpreender nessa.

Ainda na lua de mel em Roma, o narrador descreve indícios explícitos de que Dodo constata o tamanho da cagada que cometera ao casar-se com Mr. Casaubon - nas palavras do narrador: "begun to emerge from that stupidity." - (Ouch!). A dinâmica do casal por lá era, no mínimo, peculiar: ele passava o dia fora estudando na biblioteca, enquanto ela frustrava-se sozinha em casa ou em museus pelos quais não manifestava o menor interesse. Ora, os planos de Dorothea era revolucionar o mundo atuando como o braço direito ativo do seu "importante" marido estudioso, e não ser deixada de lado por um esposo que, quanto mais estudava, não demonstrava chegar a lugar algum. Para comparação aproximada, presumo que ela pretendia ser o Dr. Watson do Sherlock Holmes, e acabou sendo o Sancho Pança do Dom Quixote - e olhe lá! É, não está bonito acompanhar a magnitude da decepção de Dorothea diante da dura realidade. Até discussão durante o café da manhã e choros no quarto sozinha aconteceram durante os poucos dias de casamento.

Para tornar tudo mais divertido e complicar um pouco mais a situação, o jovem priminho de Mr. Casaubon, o Mr. Will Ladislaw, encontrava-se em Roma e, coincidentemente, cruza com Dodo em um museu e começa a se aproximar, dando claros sinais, após poucos dias, de que estava completamente apaixonado por ela. Será que o livro contará com um caso de infidelidade conjugal? Enfrento enorme dificuldade para aceitar que Dorothea, aquela moça puritana com vigorosas convicções religiosas, cometerá adultério. Será? Penso, a princípio, que seria um destino bastante cruel para ela. Bem, só me resta acompanhar.

✒ Queria registrar uma breve especulação: Mr. Lydgate e Miss Dorothea Brooke Mrs. Dorothea Casaubon parecem estabelecer, nessa narrativa, um paralelo de significado relevante. Ambos são bastante ambiciosos, dois jovens passionais que anseiam profundamente por transformar o mundo dentro de suas respectivas áreas de interesse, porém as ferramentas de que dispõem para pôr seus sonhos em prática mostram-se bem divergentes. Como homem, Mr. Lydgate está recebendo todas as oportunidades para atuar ativamente na execução de seus nobres planos - resta saber se terá habilidade necessária para o sucesso -, enquanto a moça Miss Brooke, coitada, teve de contentar-se com o papel secundário de esposa do revolucionário que, agora ela descobre, é um impostor. Claro, preciso prosseguir com a leitura, para testar essa hipótese. O que será que a narrativa reserva para esses dois?

Aproximando essa tese ao título do livro 2 - Old and Young/Velhos e Jovens -, talvez eu possa compor um grupo maior que inclua, junto de Mr. Lydgate e Miss Brooke, outras personagens jovens da história que também confrontam as velhas regras e lutam por seus vigorosos anseios. Cada uma delas parece encontrar dificuldades próprias que encaram de modo particular. Fred Vincy e Ladislaw seriam os panacas que poderiam conquistar tudo, mas não fazem nada. Rosamond é a moça pueril que acha que encontrará um mundo muito diferente fora da sociedade retrógrada de Middlemarch, atingível apenas através de um casamento. Mary Garth... É, acho que ela é a jovem mais sensata de todos, embora esteja nadando contra a maré mais forte. Torço para que tudo dê certo para ela. Mediante tal perspectiva e ampliando essa minha teoria, lanço a dúvida: estaria sendo construído um contraponto entre os jovens homens e mulheres quanto ao quesito "oportunidades x aproveitamento"? Conjecturas a serem investigadas ao longo da leitura.

De qualquer jeito, porém, acredito que Mr. Lydgate foi mesmo o principal responsável pelo título do livro 2; representando, na escala individual de Middlemarch, as mudanças que os "jovens" impunham aos "velhos" middlemarchers. Na escala nacional, o “Old and Young/Velhos e Jovens” poderia relacionar-se às mudanças reformistas pelas quais o país atravessava.

✒ Por falar em Mary Garth: necessito dedicar a essa personagem um pouco mais do que algumas míseras linhas, pois ela deu um show no livro dois e me conquistou arrebatadoramente.

Dentre os jovens personagens da história, a situação dela mostra-se como a menos vantajosa. Ela pena trabalhando como uma espécie de governanta para o intratável Mr. Featherstone e, vinda de família pobre, sua possibilidade de um casamento financeiramente favorável é remota - e isso nem parecia ser sua maior preocupação, na verdade. Apesar dessas desvantagens, Mary Garth não demonstra qualquer tipo de amargura ou ressentimento, mas, ao contrário, um pragmatismo maduro enternecedor. Ela mostra-se conformada ao admitir que não teve talento para ser professora (algo que estranho, pois ela expressa-se de modo bastante inteligente, articulado e irônico) e que, por conta disso, aceita de bom grado (?) o ofício que era plenamente capaz de executar – governanta do velho rico e chato.

Há um diálogo excelente entre ela e Fred Vincy, durante o qual ele tenta convencê-la de que ela era a responsável por ele não tomar jeito na vida dedicando-se ao teste para clérigo, visto que Mary não aceitava casar-se com ele (coisa que nem os pais desejavam). Na cabeça do paspalho, ele estaria metido na enrascada de dívidas por culpa dela. Contudo, atirando argumentos certeiros e perspicazes, Mary consegue desmontar o discurso ridículo de Fred. Ora, apenas ele poderia ser responsável pela própria vida. A conveniência de lançar sobre os outros a culpa de nossos erros é sempre tão tentadora e acolhedora, não é?

Quando Fred sugere que Mr. John Waule (sobrinho de Mr. Featherstone) estaria apaixonado por ela, surge também outro excelente momento de Mary, que contesta a equivocada concepção geral de que mulheres inevitavelmente apaixonam-se por homens que as tratam bem:
"(...) it is one of the most odious things in a girl's life, that there must always be some supposition of falling in love coming between her and any man who is kind to her, and to whom she was grateful. I should have thought that I, at least, might have been safe from all that. I have no ground for the nonsensical vanity of fancying everybody who comes near me is in love with me." 
E como se não bastasse, ela aparenta ser uma leitora voraz, tendo recorrido às personagens femininas das peças de Shakespeare para testar a suposição de Fred de que mulheres nunca se apaixonariam por aqueles que conhecem desde sempre. Estou achando que Mary Garth tem algo que remete demais à Elizabeth Bennet (personagem de Pride and Prejudice, da Jane Austen) e, até aqui, ela é minha personagem favorita disparadamente. 

Obs.: ainda a respeito do Fred, ressalto que é bem curiosa a ironia de tentar resolver o futuro dele, atirando-o para o ofício religioso. Religião como tábua de salvação financeira para as famílias, garantindo clérigos sem vocação para o país? Ok, então.

✒ Para encerrar essa entrada, creio que é obrigatório falar novamente do Narrador desse livro, pois ele tem, de fato, características muito particulares e interessantes. Houve uma passagem em que ele falou de si próprio, identificando-se como um "historiador tardo" preocupado em concentrar-se nas tramas específicas dos destinos humanos que estão sob sua responsabilidade. É um narrador que assume um compromisso explícito com suas personagens e com o leitor! Poxa, achei isso fascinante.

O Narrador apresenta essa confissão quando prepara-se para nos revelar a verdadeira essência de Mr. Lydgate, pois o objetivo declarado dele é que conheçamos profundamente o médico, melhor do que qualquer middlemarcher poderia.

Nesse contexto, o Narrador discute um tema que considero bastante relevante: usualmente utilizamos apenas um amontoado de falsas suposições para construir as impressões relacionadas ao caráter das outras pessoas. Ou seja, a grande realidade é que ninguém conhece ninguém verdadeiramente. Por que dedicar tempo tentando conhecer melhor alguém, se podemos partir para conclusões precipitadas que atendam a nossos interesses, confere? Em Middlemarch, a situação não era diferente, contudo o Narrador faz questão de que nós, leitores, estejamos melhor informados.
"É bem provável que ninguém em Middlemarch tivesse uma ideia do passado de Lydgate tal como aqui rapidamente esboçado; os respeitáveis moradores locais, com efeito, não se davam mais do que os mortais em geral as tentativas ciosas de exatidão na representação mental de algo que não entrasse diretamente em contato com seus sentidos. Não só as jovens virgens da cidade, como também homens de barba grisalha, precipitavam-se não raro em conjecturas para saber como um novo conhecido poderia ser envolvido em seus planos, contentes com um conhecimento muito vago do modo pelo qual a vida o estivera até então forjando para esta instrumentalidade. Middlemarch, de fato, contava com engolir Lydgate e assimilá-lo da maneira mais cômoda."
(Ai, será que Lydgate deixará ser engolido pelos middlemarchers?! Estou aflita por ele e pela maioria das personagens.)

✒ P.S.: admito que escrever sobre Middlemarch de forma concisa tem se mostrado um grande desafio, pois, em pouco mais de 100 páginas, George Eliot insere diversos elementos a serem explorados. Minha impressão, como leitora comum, é que essa obra admite uma quantidade quase infinita de chaves de interpretação. Por exemplo, nem tenho comentado sobre as epígrafes de cada capítulo, mas chutaria que apenas o estudo delas – conjuntamente com os títulos dos livros - garantiria uma tese de mestrado. As epígrafes são fantásticas, e algumas intrigam-me demais.

Estou achando esse livro cada vez mais espetacular.

✒ P.S. 2: apesar do ritmo indefinido, tentarei, a partir de agora, priorizar essa leitura, caso contrário terminarei Middlemarch só em 2018! Um livro/semana será o objetivo. Oremos.